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segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Das cartas de Rilke para Lou Salomé
"Tapa-me os olhos: ainda posso ver-te
Tapa-me os ouvidos: ainda posso ouvir-te
E mesmo sem pés posso ir para tí
E mesmo sem boca posso invoca-te.
Arranca-me os braços: ainda posso apertar-te
Com meu coração como com a minha mão
Arranca-me o coração: e meu cérebro palpitará
e mesmo se me puseres fogo ao cérebro
Ainda ei de levar-te em meu sangue."
Rilke.
Poema de Rilke para Lou Salomé depois que haviam terminado seu romance.
Junho de 1897
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