segunda-feira, 25 de maio de 2009

" Batendo asas na irrealidade" Manuel Bandeira

Devemos ruminar ou reverberar?
Estamos no mundo este caledoscópio maluco e multi colorido o tempo todo de nossas curtas existências.
“ Escrevo porquê procuro o meu timbre de vida” Clarice Lispector.
E podemos tentar escrever nossa vida com nossa letra, nossas escolhas.
Podemos notar que existe uma certa insistência em se ruminar em vez de reverberar...pode ser viagem e se for com certeza serão viagens viajantes...
Mas vamos lá...afinal para ir a Cuba é preciso se despir de muitos amarras, se faz necessário crescer o olho e tentar ir além da cegueira branca que nos fala Saramago, é preciso ir além deste imaginário ruminante que se tornou a eterna batalha entre o bem e o mal, o comunismo e o capitalismo, para todos aqueles assim como a geração y de Cuba que nasceu no pós guerra fria estas amarras incomodam há tempos.
Será que vamos conseguir vencer e ir além do bem e do mal ou iremos ficar no isto ou aquilo?
Reverberar uma palavra mágica vibrar o que nos faz melhor ao invés de ruminar o que nos torna cada vez mais bárbaros, o homem nunca foi essencialmente bom e muito menos a imagem e semelhança de Deus, fomos ensinados a acreditar que sim...mas tanto tempo se passou...será que todo o conhecimento que a humanidade vem adquirindo não vai ser usado?
Bahso já disse “ Não siga os antigos mas procure o que eles procuravam” No século 16.
Será que é tão complicado assim pensar que iremos morrer e isto é fato,aliás seria extremamente chato viver eternamente, ja imaginou?
Bem já que iremos morrer porquê não podemos fazer da nossa vida uma existência mais produtiva, divertida e que reverbere pelo planeta azul, deixando lembranças melhores para os nossos filhos.
Convido a todos para participar da Caixa de Pandora e se render ao inusitado, improviso,curioso,diferente, tente caminhar 501 km ao invés de caminhar 500, como nos disse Clarissa em Mulheres que correm com os lobos, e quem sabe vc pode encontra alguma coisa que te faça reverberar.
Quem é todo mundo?
Outra alternativa é se colocar no lugar do outro, exercício básico para qualquer cidadão, porquê é tão complicado aceitar religiões diferentes, cores diferentes, idéias diferentes, opções sexuais etc.
Não consigo acreditar que no pós revolução sexual ainda se pague para ter sexo.
Alias pagar para ter sexo é o maior ontem vocês não acham?
Os mesmos homens que podem estar nos congressos do mundo afora pregando a moral e destruindo artistas queimando livros de arte em prol da moral e do bom costume muitas vezes também estão presentes no consumo da prostituição e pior ainda nos leilões de crianças menores de idade que ocorre pelo mundo...
E eu me pergunto o que é loucura?
Nem tanto a razão nem tanto a emoção...mas o equilíbrio...finalmente depois de séculos o mundo ocidental se rende ao oriental e aí começa uma mistura que vai reverberar pelo mundo desconstruindo relacionamentos e desvendando o ser humano nos seus mínimos detalhes...suas vísceras expostas...começamos a entender que não se pode enquadrar a vida e a natureza,domina-la no sentido destrutivo,podemos coexistir...
" Quem se diz muito perfeito é porquê encontrou um jeito insosso de não ser de carne e osso" Zélia Duncan
Contrariando a metodologia que aprendi eu acredito que se possa transformar a procura pelo saber numa aventura divertida e que ser um cidadão não é careta...
Beber e dirigir é um porre...errar é humano insistir no erro é burrice.
Todos os dias são diferentes...
Perdemos tempo buscando perfeição e imortalidade e esquecemos de ser humanos
Como diria Itamar Assumpção " Porquê não pensei nisso antes?"
" Chavão abre porta grande"
" Vc ja portou luvas no porta luvas?"
Seria um fototexto,no sentido de costurar diversas artes.
Tudo ao mesmo tempo agora, se estamos no mundo em tempo real, correndo em bits por segundo nos juntamos a está corrida e buscamos uma trilha possível de existir em meio ao caos, que corra ao sabor do vento no improviso da vida, se permitindo existir.
A Alice fala uma coisa legal sobre a poesia, que ela é uma arte que não é muito vendável...uma arte hipye, um verdadeiro mel que vai lubrificando as engrenagens da matrix, permitindo brechas, frestas, espaços para se inventar maneiras melhores de viver a vida.
E ver que na maioria das vezes coisas simples iriam resolver grandes problemas.

Uma viagem da Caixa de Pandora.

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